domingo, 6 de abril de 2014

Raquel Charizard, Liberdade de Expressão e Democracia


Rachel Shererazade violou padrões de ética do jornalismo. Fez apologia a um crime em rede nacional. É um avanço democrático podermos influir nos rumos do jornalismo da TV, já que esta é concessão pública e, no mínimo, deveríamos ter o direito de exigir que prestem contas daquilo que é noticiado e respondam ao serem questionados sobre os conteúdos veiculados. E isso vai muito além do "pedido de desculpas" da apresentadora.

Partidos políticos (de oposição e situação), movimentos sociais, o sindicato dos jornalistas, instituições e grupos de defesa dos direitos humanos, entre várias organizações, repudiaram e criticaram a fala desta jornalista, não foi uma "perseguição governamental". Não foi uma mobilização surgida no governo, mas sim, uma discussão e denúncia que passaram por vários setores da sociedade.

A fala dela não é expressão da liberdade, e sim do que há de pior no "neo conservadorismo" que não sabe olhar para a história, que relativiza a violência e legitima a barbárie retirando a humanidade e a dignidade do outro. A defesa da liberdade de expressão e da democracia é justamente termos espaço para criticar e repudiar a opressão e os ideais antidemocráticos.

A democracia não pode suportar o pensamento antidemocrático. Ser tolerante com o intolerante é uma contradição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário